Vivemos para servir, não para ser servidos

 

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A vontade de servir deve ser maior do que a vontade de ser servido. Se uma pessoa vive ou quer viver, de uma forma ou de outra, tem de aprender a servir, senão, não serve para viver. 

A maior lição que Jesus Cristo deixou ao mundo, e em particular aos seus discípulos, foi a de aprender a servir. Segundo Jesus, o maior de todos no reino de Deus é aquele que serve. Servir é mais importante e gratificante do que ser servido. 

Atenção, o servir que aqui abordo não se refere a esse servir hipócrita, que visa alcançar os próprios intentos ou atingir os próprios objectivos. Este segundo servir, que se destina aos próprios intentos, não é regido por um propósito profundo e colectivo, mas é regido para inflar ou alimentar o próprio ego. Como o acto de Satanás no deserto ao tentar Jesus, foi um servir para satisfazer os seus intentos. 

No passado, as pessoas viviam ávidas por servir, no entanto, hoje todos nós queremos ser patrões, todos nós queremos ser desenfreadamente maiores, ou seja, ninguém está disponível para servir. É por isso que não levamos adiante muitos projectos que iniciámos, porque nos falta essa vontade de servir.

A maior razão pela qual não servimos com fraternidade e voluntariamente é o desejo desenfreado de querer sentirmo-nos grandes perante os outros, mesmo que não sejamos. Mas muitas vezes, quem é grande é aquele que se torna pequeno ou humilde perante os outros. 

Como diz Renato Cardoso, quem é grande não se importa em parecer pequeno, mas aqueles que são pequenos preocupam-se demasiado em parecer grandes. Pois, a honra vem depois da humildade.

Com isso, percebemos que é só com humildade que podemos ser grandes. Todas as pessoas que são/foram grandes, é porque um dia foram humildes.

Só com humildade serviremos com o coração aberto e com toda a entrega, para o bem da humanidade. Sempre que exigimos ou esperamos um reembolso, podemos ter certeza que não serviremos com o coração aberto, muito menos com total entrega. Os grandes homens de sucesso no mundo são aqueles que têm disposição para servir os outros. 

Então, meu caro (a), não tenha medo de servir, tenha medo de não servir, pois aqueles que não servem não são dignos de viver. 

O ser humano não se realiza numa vida centrada apenas em si mesmo. A vocação do ser humano aponta para fora. O medo de ser usado ou feito de tolo não deve privar-nos de servir. Quem perde não é aquele que serve, mas quem não serve, ou seja, quem perde é aquele que usa e não quem serve. Mais uma vez, não tenha medo de sirva, sirva, sirva... 

Até um dia destes!